quinta-feira, novembro 12, 2009

aMai gosto(so)

Do que parece confuso faz-se tão simples, da saudade, uma melancolia pela constante omissão de desamores impunes revelados no acaso intencional de olhares cúmplices de razões esplanadas em declarações constantes de eternidade de sentimento. Encontram-se e saltam por campos sem fim esquecendo que são observados por olhos de outrem.
Sabem-se. E continuam esperando o sem fim, perduram até chegar ao limite da realidade e regressam ao mundinho que lhes resta, (re)escolhido pelos amantes e aceite em concordata.
Silêncio.
Silêncio, que se pensa no cansaço.
Silêncio.
Silêncio, que se desculpa com o óbvio.
Silêncio.
E no silêncio fica, sem vontade de explicar. Coube-lhe ainda o agradecimento pago em doses fluídas, sem queixume, sem palavra, sem olhar. Mudo de intensidade, sem gracejo de anos com história, apenas com o vício mecânico de amor contemplado. Em silêncio. Pois as palavras atrapalham quando somos servidos de Amor.

2 comentários:

Sérgio Mak disse...

Queria fazer o smilie com o zipper na boca e não consigo.

Sinto-me limitado.

Anónimo disse...

Gostei do texto, tem expressividade! E mostra uma paixão intrínseca na forma como está escrita...
:) continua assim...