segunda-feira, agosto 08, 2005

Mi casa es su casa

Ando para aqui a pensar, sei que sou trintona, sem qualquer preconceito, ajusta-se a minha idade ao meu sorriso.
No entanto, só há algum tempo atrás é que comecei a dedicar realmente ao que me faz feliz, e esquecer o que me rodeia, isto é ... não dar tanta importância a modus vivendi de certas pessoas que melgam o meu juízo com falsas moralidades. O ' pior' é que cada dia que passo sinto-me melhor, se bem que não tenho namorado, e vivo sozinha sem gato ou animal que se preze, nem a merda de uma planta (tenho alguns mosquitos, mas são como as minhas aventuras amorosas, duram tão pouco tempo que apenas tenho tempo de apanhar os restos, quando me lembro e esses nunca contam pois são autênticos erros de casting, a pessoa vai mesmo ao engano) acredito que estou bem... ou melhor... sinto-me menos mal. A verdade é que desde que os trinta apareceram na minha faixa etária que me sinto deprimida por ser tão calminha ... por exemplo, ando para aqui à espera de começar a curtir ... e deixo sempre para amanhã... Bom, isso é mentira, estes últimos 6 meses têm sido bons, excelentes até... tendo começado com 'baby steps' sinto-me apta a tomor as decisões e sentir-me segura em dizer NÃO quando não me apetece, sem sentir qualquer remorço e fazer fretes abismais, e quanto já fiz e sem necessidade alguma. E creio que o facto de beber os meus martinis biancos ajudam a clarear a minha mente, pelo menos ultimamente e com este calor vão matando a saciando a labareda que consome cá dentro. Cheguei a um ponto que sinto confiança em esplanar o meu ponto de vista, consigo discutir futebol, opinar sobre as lesões de um jogador, com qualquer homem que ache que entende de penaltis e fora de jogos, em vez de discutir pernas e rabos de jogadores, essa cena sempre me confundiu... um homem com um rabo giro ou não... eu acho que nunca consegui perceber quais os parâmetros e não tenho qualquer ponto de referência quanto a avaliação de quadriz, sou como um gajo no WC de uma mulher a abrir os seus armários e a olhar estupidamente para os inúmeros frascos e boiões que permanecem nas prateleiras com designações que arrepiam só ao pronunciar, tanta coisa empilhada tanta marca, sem falar nas bisnagas e afins que uma mulher colecciona. Consigo explanar os meus pontos de vista, mesmo que aerea, mesmo que por muitas das vezes de forma complexa e alienada, mas que chega lá, ou não... mas ao menos tento e muito e quando não consigo ... já não sofro por não concluir. Os meus supostos fracassos, já não provocam a ruptura isolada... parto para outra... é tão pouco tempo que estamos cá, há que aproveitar e sentir o momento. acredito nas pessoas, acredito na sua boa vontade e na paciência em tentar compreender-me. Começo a sentir-me firme, esta busca é claramente lenta, e só amadurecemos quando batemos lá no fundo e não nos sentimos sempre protegidos. Na verdade, e para quem me conhece, trapalhona mas sem perder a compostura... vá, não é bem trapalhona é mais completamente perdida ... mas tenho bom coração e tento não alucinar muito, tento ser o mais honesta e coerente possível. E de quem gosto, acreditem ... gosto mesmo muito, aqueles a quem eu ligo, são sem dúvida... a minha forte ligação ao puro divertimento e à vida.

A todos vocês, o meu obrigada!

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