quinta-feira, novembro 03, 2005

este passado tão próximo ... tão real


Merda... é a tristeza!
(Quarta-feira, Abril 14, 2004)

Continuo a falar de sentimentos, nestes dias tão tranquilos mas conturbados pela nossa pequinês, louvo àqueles que de mim gostam e que apoiam mesmo quando me vou abaixo... esses sim, são aqueles que mercecem toda a minha gratidão.


Há dias assim (e curiosamente são sempre chuvosos)... há dias que acho que nada cumprimos nesta vida, mas o sorriso que prontifico faz com encare com esperança... mesmo que o cinísmo dos outros seja a forma de estar. Nunca achei que o estar cegante e ser carneira era o meu ideal de vida... pelo contrário questiono e procuro ser confrontada com as minhas opiniões e atitudes, sem cair em dogma e retrocessos.

Eu vivo intensamente... vivo amore ...
Pois vê...
s. m.,
viva afeição que nos impele para o objecto dos nossos desejos;
inclinação da alma e do coração;
objecto da nossa afeição;
paixão;
afecto;
inclinação exclusiva;
ant.,
graça, mercê.
com —: com muito gosto, com zelo;
fazer —: ter relações sexuais;
loc. prep.,
por — de: por causa de;
por — de Deus: por caridade;
ter — à pele: ser prudente, não arriscar a vida;
— captativo:vd. amor possessivo;
— conjugal: amor pelo qual as pessoas se unem pelas leis do matrimónio;
— oblativo: amor dedicado a outrem;
— platónico: intensa afeição que não inclui sentimentos carnais;
— possessivo: amor que leva a subjugar e monopolizar a pessoa que se ama; o m. q. amor captativo.

Verdade esta é assim que me movo ... num sentimento excessivo, de amor ardente, de afecto por vezes violento, entusiasmo extremo, de cólera dissipada, grande mágoa por não ser capaz, vício dominador de mim própria, alucinação completa, sofrimento intenso e prolongado, parcialidade mordaz.
Tenho o impulso rápido na alma ou nas paixões, uma veemência, eloquência arrebatadora que me faz ser real e querer ter o ser genuino e mavioso.

Obrigada pela devoção do amor alheio que me dão, essa compaixão poderá gratuita mas será para mim sempre sem preço.
Este meu discurso ... apenas reconhece o quão aprazível é saber que não sou inútil, desnecessária e incapaz de incutir lembrança suave de algo ou coisas distantes, acompanhada sempre com desejo de as tornar a ver ou a possuir.
Para quem sabe, porque é ... um grande sorriso e uma porta escancarada para entrar sem cerimónia, mesmo que seja farçola.

E que a merda da tristeza se afogue na sua própria melancolia, pois não me arrasta ... com pessoas assim terei o maior dos contentamentos ... a Felicidade.



Tabu... ou será mesmo a estupidez?

Perturba-me a essência humana, o estar e a vontade são elemetos tão naturais no Homem e tão díspares que confundem o mais mortal, o que espero encontrar nesta vida é as pessoas que fogem quando são confrontadas com a realidade, mesmo que esta seja um pouco mais dura, mas apelam logo à fuga, queixando-se de mau estar e de racciocinios pouco lógicos.
A paciência, essa arte de saber estar na vida promove multiplas situações das quais não quero aprofundar muito, mas os seus dissabores por vezes fazem perder a dita fé nas pessoas, achando que somos manipulados por caprichos de outrém, é verdade... por vezes parecemos marionetas sem ter qualquer tipo de percepção lógica
Na verdade, acredito que as pessoas não têm má índole quando não são passíveis de decidir o que querem, apenas olham para o seu umbigo e acreditam que dali sairá a resposta para a verdade absoluta.
As decepções e desilusões só nos aparecem como verdade, quando arquivamos e rotulamos a situação de inútil... mas eu sempre dei o benefício da dúvida, sempre achei que indepententemente da maior alucinação que um sujeito possa ter, no fundo ainda não percebeu que a comunicação é o ancinho que lavra a terra que é o nosso caminho.

Ora bem, se a vontade e o estar não é a mesma coisa... onde posso eu enterder-me nestas vidas que se cruzam com a minha? Como será possível estar com alguém sem vontade? Ou mesmo ter vontade e não estar?

Será um enigma de palavras ... ou falta de interesse, ou mesmo acanho de responsabilidade... Na nossa sociedade o cidadão é cosmopolita ... e será que os relacionamentos de hoje estão a par dos excelentes almoços que a comunidade tem no Macdonalds ou na Pizza Hut... resume-se a um fast love, fast eat? Satisfazendo um momento tão curto ... quanto o tempo disponível ... pois tudo o resto é supérfulo?

Será?
Serei eu da velha guarda em acreditar que saborear grandes momentos nos traz felicidade?!
Será que é um tabu ... ser emocional, ser verdadeiro... unir o estar e a vontade?
Será que já não há espaço nem paciência para a "estupidez social" que é a sinceridade?
Será?

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