segunda-feira, maio 29, 2006

A sorte é madraça


Maria e Manel no ócio das suas funções decidiram ser alternativos, depois do primeiro bafo ele caiu para o lado, com uma prerrogativa de isenção de cuidados ou preocupações. Maria, continuamente sem interrupção, decide olhar em volta e esquecer o Manel, o Zé Tó está perto, o privilégio de sentir aquele cheiro a rapé que o caracteriza faz acreditar no seu dote rústico, o seu apanágio era de espólio incalculável, duas cabras e um mula bem jeitosa. Por pouco o patego airoso do Manel não os apanhava. Mas Zé Tó almeja Alcina, a cachopa mai'linda da região, que tinha ainda os dois dentes da frente e possuía dois viçosos ramalhetes. Este cobiço todo, foi o impulso rápido na alma e na paixão de Maria pelo indolente José, que se ajoelhou na tercena e rezou a novena do seu rosário em honra da Nossa Senhora do Ó.

Tenho de deixar de ler o DN, fico a pensar de forma labrega.

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