Tenho belas recordações do Jornal Blitz enquanto gaiata, era algo religioso que comprava todas as semanas a 20 escudos, aahh saudosos e travessos escudos. Estavamos na decada de 80, a mais de meio, e lá ia zelosa do meu cumprimento de deveres para a preparatória lendo as referências musicais que assombravam escrupulosamente as tendências de toda uma geração...
Foi no Blitz que que marquei um dos meus mais interessantes encontros, vivia para ler o Blitz... e o Se7e. Nos dias que correm, as SMS são tudo,servem para todo o tipo de função, mas para mim na altura, era nos idos Pregões que deixava os meus recados, para além da minha evidente carteira escolar... namorava e tal... coisas passadas. Foi mais tarde no secundário, nessa secção do jornal que tive a minha primeira grande declaração de amor, passava em revista o ano de 1988, e na rádio Level 42, mas depois de tanto cravar a minha molin verde tropa na carteira com juras de amor eterno, ele deixa o recado, "Depeche, esta semana vai ao pregão e procura por mim! Boss" e lá estava... as palavras mais graciosas, eram apenas duas linhas no meio de milhares caracteres de toneladas de assuntos, mas eram para mim, um adoro-te escrito no jornal de culto aos 14 anos equivale hoje a um Amo-te para sempre Luísa Vanessa, casa comigo! rasgado no céu, é piroso... é! É estupido, claro que é! Mas aos 14, o mundo é só nosso e a bola colorida que rebola e avança são as entorpecidas ideias "Ena, vamos até à feira da ladra vender umas coisas da tua mãe, vai ser do melhor, pá!" e acordavamos cedinho, partilhavamos no autocarro o Walkman com aquela NOSSA cassette de audio, ombro no ombro passava a ilusão de eternidade, mesmo que na semana seguinte tudo estivesse esquecido.
Foi no Blitz que descobri o que era o Rock Rendez-Vous, foi no Blitz que li sobre a morte de Ian Curtis, foi com Blitz que e gritei e gastei a canção " yeeeeeaaaaaah heaven is the whole of the heart....", foi também lá que descobri Who the hell is Shakira!
O Jornal Blitz acabou, para mim ainda bem, pois o seu editorial vinha a deteriorar-se de semana para semana há anos, arruinando e adulterando a sua essência de underground, Blitz surge de novo este mês como uma revista mensal com a mesma temática, mas agora generalista( já não era?). Enfim, lembranças que não voltam mais... ainda bem, pois a memória é uma Criança.
Foi no Blitz que que marquei um dos meus mais interessantes encontros, vivia para ler o Blitz... e o Se7e. Nos dias que correm, as SMS são tudo,servem para todo o tipo de função, mas para mim na altura, era nos idos Pregões que deixava os meus recados, para além da minha evidente carteira escolar... namorava e tal... coisas passadas. Foi mais tarde no secundário, nessa secção do jornal que tive a minha primeira grande declaração de amor, passava em revista o ano de 1988, e na rádio Level 42, mas depois de tanto cravar a minha molin verde tropa na carteira com juras de amor eterno, ele deixa o recado, "Depeche, esta semana vai ao pregão e procura por mim! Boss" e lá estava... as palavras mais graciosas, eram apenas duas linhas no meio de milhares caracteres de toneladas de assuntos, mas eram para mim, um adoro-te escrito no jornal de culto aos 14 anos equivale hoje a um Amo-te para sempre Luísa Vanessa, casa comigo! rasgado no céu, é piroso... é! É estupido, claro que é! Mas aos 14, o mundo é só nosso e a bola colorida que rebola e avança são as entorpecidas ideias "Ena, vamos até à feira da ladra vender umas coisas da tua mãe, vai ser do melhor, pá!" e acordavamos cedinho, partilhavamos no autocarro o Walkman com aquela NOSSA cassette de audio, ombro no ombro passava a ilusão de eternidade, mesmo que na semana seguinte tudo estivesse esquecido.
Foi no Blitz que descobri o que era o Rock Rendez-Vous, foi no Blitz que li sobre a morte de Ian Curtis, foi com Blitz que e gritei e gastei a canção " yeeeeeaaaaaah heaven is the whole of the heart....", foi também lá que descobri Who the hell is Shakira!
O Jornal Blitz acabou, para mim ainda bem, pois o seu editorial vinha a deteriorar-se de semana para semana há anos, arruinando e adulterando a sua essência de underground, Blitz surge de novo este mês como uma revista mensal com a mesma temática, mas agora generalista( já não era?). Enfim, lembranças que não voltam mais... ainda bem, pois a memória é uma Criança.
2 comentários:
Rapariga, andas num saudosismo que não se aguenta.
O dia da criança mexe mesmo contigo, é a folia
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