terça-feira, julho 11, 2006

Há cenas que não se apagam

Ontem nas minhas deambulações pelo shopping betinha de Lissabonna reparei que ainda há no mercado coisas que titilam a minha juventude. Yep, na perfumaria notei que na prateleira mais refundida estavam míticos perfumes, ou melhor, águas de colónia que tanto furor fizeram na minha preparatória, coisas de anos 80, é o que é.
Verdade, é que ainda há mercado para perfumes tão esquecidos, ou espero que não sejam os mesmo da altura que sistemáticamente são pulverizados por sprays mágicos de limpeza! Lembro-me perfeitamente dos rapazes se digladiarem por um Blue Stratos ou por um Jovan Musk Oil... pois eram fragâncias que deixavam as miudas doidas, e bem descontraídas... havia (eternos) namoros de 4/5 horas que dependiam deste critério. Se bem que já não me lembro bem do cheiro destas maravilhas da pré adolescência, recordo que, marcavam todo um 2º período da escola... " eeeeeeehhh... o Vasco é tão giro, e cheira tão beeemmm.... uuui... se calhar no recreio vou jogar ao bate-pé com ele!...."
Mas é verdade que há coisas que não se esquecem, estas embalagens estranhamente também não mudaram... e 25 anos depois, perduram nas prateleiras das perfumarias à espera de uma alma caridosa lhas pegue e use como se fosse o aroma mais chique do mundo. Ou não, ou talvez não!
Tristemente, nos dias que correm, os tipos da minha geração usam todos a mesma marca, parece que é o uniforme de essência odorífera, que estranhamente marcham por corpos diferentes. Enfim, o olor típico de um trintão solteiro tem nome Miake, Boss ou Kline inscrito... que não surpreende, raramente aparece alguém com um aroma quentinho e doce, pois os moços gostam de coisas fresquinhas... de cheirar a frutinha fresca e coisas dessas um tanto cor de rosinhas. Se bem que este típico macho latino, já usou em tempos mais idos um old spicezinho... e gostou!

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