Pronto. Já está. Se calhar, deveria ter dito as coisas de maneira mais delicada, sei lá não tão bruta. Poderia ter dito que sou megalomana e idealista, sou assim... distante... um termo que confere um ar mais científico à coisa, mas achei que não valia a pena estar com rodeios e era melhor ser directa e chamar as coisas pelos nomes, ser sincera. Por tudo isto, é necessário engolir os medos e assumir, mantendo o queixo bem levantado, olhar fixamente e agarrar o animal pela frente. Dizer a toda a gente que sim, o que penso, não só não tenho qualquer problema em assumi-lo, como tenho orgulho nisso.
Gritarei palavras de ordem, ou da minha ordem. Jovem, adulto ou assim-assim. Levanta-te e segue-me, ou talvez não porque poderás cair. Eu posso indicar-te o caminho, turvo, é certo... pois posso não estar totalmente sóbria. Tenho-te visto a andar sem rumo pela rua, indeciso quanto ao ritmo da passada, com os olhos no chão e a cabeça nas alturas... Desculpa, se calhar era mesmo eu. Não precisas de penar mais, ai, ai... penar... penar. Eu sei para onde queres ir... sei sei... acredita! Tudo na vida tem um ciclo. Os animais nascem, crescem e morrem... como nós. As plantas germinam, desabrocham e secam.. como as paixões. Os concorrentes de reality-shows participam, dão entrevistas e acabam a trabalhar numa sapataria, como os governantes, hey, espera aí .. esses depois ficam com o factor C incutido no ADN. É a ordem natural das coisas.
Acredita em mim, eu sei de cenas!
Digo isto tudo, mas no final em vez de comportar-me como pessoa normal que sou, não assustando gente de ideias menos arejadas, vou esforçar-me por chocar. Farei figuras tristes. Acredita, já nem sei de que falo...
Basicamente, as resoluções de Ano Novo, são como às garrafas de espumante, parece que é uma excelente ideia... há a festividade natural da ciência festiva do acto per si, com direito a barulinhos excêntricos de poc & pop... mas a dor de cabeça do dia seguinte é sempre eterna... logo, utópias...impraticáveis... ou como diz o meu camarada Jorge Creolina "Torpilóquios, ó Catariana!"
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