terça-feira, julho 17, 2007

Aviso ao cidadão comum sem idade (de)composta de reforma

Desde há muito que me intriga porque é que há autocarros apinhados de VELHOS, não de pessoas idosas, de gente activa... mas, VELHOS, que acordam cedo para ir não sei para aonde, que vagueiam durante o dia todo por trajectos comuns, que acompanham o crescimento de todos aqueles que tiveram a ousadia de uma vez terem esticado o braço para parar a viatura.
É certo que alguns destes autocarro deveriam ter alguns sinais de perigo, pois além de sermos bombardeados com cheiros, sacos, toque ineterruptos de canções intrigantes, maleitas que padecem desde 1983 e o Shôr Doutor achar que foi um milagre estar vivo... uma pessoa ainda tem de esperar ... para que saiam enquanto arranjam fôlego para tecer mais um ou dois problemas sobre a juventude e afins...
Hoje, o maior insolito aconteceu... estava eu bem disposta no meu canto, sem incomodar viv'alma, num passeio rápido para buscar o carro... quando decido ir de autocarro, tudo bem, tento isolar-me do cheiro, do frio e das gritarias de conversas sobrepostas. O destino era curto... uma pessoa não pode ceder à pressão... mas quando decido sair depois de cordialmente ter dado passagem a todo o velhame que ia em frente gritando como se não houvesse amanhã "Um Momento! Se Faz Favor, UM MOMENTO!!!" como se o o motorista não tivesse um espelho retrovisor... quando pensava que o facto de os VELHOS já terem os seus pés no passeio eu poderia avançar... eis senão quando... a mana da velha decide recuar num Moonwalk perfeito, eu já tinha iniciado a minha descida e vi a minha vida a andar para trás... neste caso a debruçar-se para a frente, pois caí de joelhos sobre uma bela calçada. É claro, que a velha Jackson/Timberlake deu conta e logo agarrou-me pelo que pôde ( Força que a velhota tinha) mas, ai de mim se dissesse qualquer coisa... foi o delírio para a carruagem: o pânico, a tortura e os gritos insolentes de Velhas para Velhas. Rasguei as calças é certo, mas corri com todas as forças, pois por pouco era assaltada pelo gang geriátrico, já os via a descer as escadas e a querer correr dando pequenos passinhos cheios de arritmias compulsivas e números de clínicas e doses de aspirina e outros genéricos! Quem me salvava daí em diante... hein?

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