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Não gosto que quando falo com as pessoas, mesmo que seja no formato puramente virtual que mostrem que estão a fazer tudo ao mesmo tempo e ainda decidem por piedade prestar atenção. A sensação que se tem quando um individuo(a) aborda o contacto e depois desleixa por completo, porque já está noutra (conversa/espaço/tempo) e as garotas com dois neurónios percebem o óbvio, por vezes passeiam-se de parvinhas, as astutas.
Na realidade falo pouco com as pessoas em "Off"modo, gosto de conversar no dito cara-à-cara, mas, nos dias que me correm pelas mãos aprendi a respeitar e construir alguns belos momentos que iniciam "On" sem sentir o bafo cantado das palavras no mesmo ar que respiro. No entanto, confesso que sou lenta e não entendo tamanhas, tramanhas e salanhas... e isso por vezes gera confusões do arco do alheio.
À cabeça, não sei escrever nos novos modos geracionais, não sei rir com sinais hypes e abreviar conteúdos de forma perspicaz, em suma, escrevo memorandos com erros ortográficos e acho que sou fina nata. Claro, que nestes caprichos de menina literada, fico por vezes incomodada com a forma que me são dirigidas as palavras, numa espécie de despacho usual, ao que intitulo a modos que "intés do dia-a-dia". Tudo passa a ser descartável, tudo. Até as conversas importantes, que normalmente importunam a más horas. Tudo é um boneco que se cria com diversos Lols, Atés, Hahahas, Oks, Ehehehes e abreviados q.b... Não se pode levar a sério, pois não é verdadeiramente real. E só me dizem isso agora, ora bolas!?
Se calhar sou sensível demais, devia passar a escrever cartas, talvez aí soubesse ser ainda mais paciente... e esperar que a pomba-correio regressasse com respostas positivas, lá das terras longíquas dos 3 W!